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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Processo de Aprendizagem em Liderança – Post 10/2015 – Estratégia de Ensino e Aprendizagem 2

Retomando o assunto proposto no post 8, sobre o qual fizemos algumas considerações, a Estratégia de Recursos Humanos se mostra numa amplitude maior e mais abrangente na organização.

A Estratégia de Ensino e Aprendizagem se elabora dentro da concepção dos Programas de Treinamento e Desenvolvimento, seu âmbito é especializado e significa escolher caminhos que facilitem a absorção de conhecimentos, a melhoria das disposições atitudinais, a troca de experiências e a experimentação prática dos conteúdos considerados.

Falamos de três momentos sequenciais que permitem sua elaboração, a seguir apresentados:


Momento 1 – Consolidação das Informações

Processualmente é o trabalho de reunir e consolidar todos os dados e informações provenientes do ambiente interno e externo da organização. Isto envolve, sempre que possível, utilizar ou desenvolver um sistema que considere a organização dos dados provenientes das diversas fontes e possibilite a obtenção de informações úteis à tomada de decisões. 

Todas estas informações permitem discriminar as necessidades de treinamento e desenvolvimento do profissional, individualmente, e das diferentes equipes, coletivamente. À medida que são feitas as consolidações, vamos obtendo os diferentes graus de importância destas necessidades e ao mesmo tempo, também, uma noção sobre as precedências e pré-requisitos conceituais necessários, determinantes da sequência lógica com que os conteúdos de aprendizado devem ser tratados.

A rigor, este momento determina as prioridades de atendimento, tendo como referência as demandas dos planos de negócios.

Momento 2 - Construção do Programa

Este é trabalho dos especialistas da atividade de aprendizagem.  A construção do programa implica no conhecimento aprofundado dos princípios e práticas andragógicas. As necessidades identificadas e as prioridades definidas permitirão ao profissional, especialista em desenvolvimento de pessoas, estruturar adequadamente o programa e, portanto, garantir a obtenção de seus objetivos.

A estratégia de ensino e aprendizagem se faz mediante escolhas entre os diferentes meios de transmitir os conteúdos definidos nas trilhas, considerando os recursos, os tempos e facilidades de sua assimilação.

Neste momento há pouca influência das áreas demandantes e dos próprios potenciais treinandos. A concepção do programa é dos especialistas, tanto em métodos de ensino e aprendizagem (recursos humanos) quanto em conteúdos técnicos das profissões (funções técnicas). Bons programas são aqueles construídos em parceria, reunindo o melhor do conhecimento e da experiência existente na organização. Frequentemente, também, esta parceria se faz com a contratação de especialistas (consultores) no mercado.

Vale lembrar que, uma vez concebido o programa, é preciso ter o aval e aceitação daqueles que se beneficiarão com ele – os treinandos e suas respectivas lideranças.  Sempre que possível, realizar programas pilotos, propiciando maior garantia de sua eficácia.


Momento 3 – Aprovação

Talvez o momento mais sensível de todos. A ‘venda interna’ do programa precisa ser consistente, bem fundamentada e orientada para eliminar as lacunas de competências necessárias à realização dos negócios. Estar preparado para este momento significa ter cuidado muito bem dos momentos anteriores. Nem sempre os especialistas são bons vendedores de seus programas e contar com o apoio daqueles que se beneficiarão (clientes internos) sempre é recomendável.

É neste momento que ocorre a aceitação da estratégia, pois, quando aprovado o programa, a direção está declarando que serão alocados os recursos necessários para treinamento e desenvolvimento de seus profissionais. A aprovação é a aceitação de todos os momentos trabalhados anteriormente.



No próximo post trataremos dos recursos envolvidos nos programas.