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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Processo de Aprendizagem em Liderança - Post 7/2015 - Novo Método

O significado Heutagogia pode ser expresso como o método de aprendizagem autodeterminada (do grego heutos significa auto, próprio e agogus significa guiar). O aluno é o agente de sua própria aprendizagem, portanto, as definições de conteúdo, tempo e recursos estão subordinadas ao seu próprio interesse.

Sua origem esta muito ligada ao desenvolvimento da tecnologia de informação e sua aplicação no ensino à distância (EAD). Vivemos atualmente um mundo onde o conhecimento existente está disponível on-line e on-time, via internet. As pessoas podem buscar informações a qualquer hora, em qualquer lugar. Talvez, o que leva a essa busca seja mais a curiosidade do que propriamente a necessidade.

Para os mais jovens, esta forma de acessar informação, cada vez mais se torna a preferida. Já ouvi de alguns que o Google é o grande professor, e ele “está sempre disponível, não dá lição de casa e não faz prova e avaliação”.

Duas questões surgem, e não são retóricas: A informação é conhecimento? O conhecimento por si só se constitui em aprendizado?

Para a primeira questão a resposta, no senso comum, é sim. Toda a informação recebida por alguém permite ter conhecimento sobre o assunto que está sendo transmitido. Contudo ela ainda é só informação, na medida em que não foi processada e transformada em ação.

Para a segunda questão a resposta é não. O conhecimento é um dos componentes ou dimensões do aprendizado; por si só não se constitui no aprendizado, considerado na sua conceituação mais ampla apresentada logo no início desta série (relembrando - aprendizagem é o processo ou atividade pela qual a mudança dos conhecimentos, das habilidades e atitudes é assimilada pelas pessoas e se mostra nos comportamentos por elas praticados).  Fica evidente que as outras dimensões precisam se fazer presentes para que o aprendizado aconteça e a maneira que temos para averiguá-lo é através dos comportamentos expressos, isto é, das ações que as pessoas praticam de forma diferente da anterior (mudança).


Não há dúvidas de que as pessoas podem aprender sozinhas, principalmente os adultos. Talvez a maneira mais tradicional seja pela tentativa e erro. Os recursos da tecnologia da informação estimulam em muito o uso deste método. Mas ele pode sofrer de um grande problema, a validação de sua eficácia, caso o aprendizado não seja validado e fique restrito a uma mera experiência individual, sem possibilidade de generalização.

Apesar dos princípios da Heutatogia afirmarem a não necessidade de um professor ou facilitador do processo, fica evidente a necessidade de um facilitador que de certa forma desperta, orienta e questiona as escolhas do aprendiz.

A grande disseminação dos Processos de Coaching como uma das formas mais procuradas para o desenvolvimento dos profissionais nos ambientes empresariais é a confirmação desta necessidade.


Há pouco tempo li um breve artigo, de um velho companheiro de consultoria, José Galvão Ramos intitulado A difícil arte de ensinar adultos onde ele apresenta de forma bem resumida as características dos três métodos, que reproduzo abaixo.





A diversidade das situações e as condicionantes do ambiente impõem para aqueles que se veem lidando com a aprendizagem, uma postura muito flexível na escolha do método ou métodos mais apropriados para alcançar o resultado desejado.


No próximo post vamos abordar as definições das estratégias de aprendizagem.