O significado Heutagogia pode ser expresso como o método de
aprendizagem autodeterminada (do grego heutos
significa auto, próprio e agogus
significa guiar). O aluno é o agente de sua própria aprendizagem, portanto, as
definições de conteúdo, tempo e recursos estão subordinadas ao seu próprio
interesse.
Sua origem esta muito ligada ao desenvolvimento da
tecnologia de informação e sua aplicação no ensino à distância (EAD). Vivemos
atualmente um mundo onde o conhecimento existente está disponível on-line e on-time, via internet. As pessoas podem buscar informações a
qualquer hora, em qualquer lugar. Talvez, o que leva a essa busca seja mais a
curiosidade do que propriamente a necessidade.
Para os mais jovens, esta forma de acessar informação, cada
vez mais se torna a preferida. Já ouvi de alguns que o Google é o grande professor, e ele “está sempre disponível, não dá
lição de casa e não faz prova e avaliação”.
Duas questões surgem, e não são retóricas: A informação é conhecimento? O conhecimento
por si só se constitui em aprendizado?
Para a primeira questão a resposta, no senso comum, é sim.
Toda a informação recebida por alguém permite ter conhecimento sobre o assunto
que está sendo transmitido. Contudo ela ainda é só informação, na medida em que
não foi processada e transformada em ação.
Para a segunda questão a resposta é não. O conhecimento é um
dos componentes ou dimensões do aprendizado; por si só não se constitui no
aprendizado, considerado na sua conceituação mais ampla apresentada logo no
início desta série (relembrando - aprendizagem é o processo ou atividade pela qual a mudança dos conhecimentos, das
habilidades e atitudes é assimilada pelas pessoas e se mostra nos
comportamentos por elas praticados).
Fica evidente que as outras dimensões precisam se fazer presentes para
que o aprendizado aconteça e a maneira que temos para averiguá-lo é através dos
comportamentos expressos, isto é, das ações que as pessoas praticam de forma
diferente da anterior (mudança).
Não há dúvidas de que as pessoas podem aprender sozinhas,
principalmente os adultos. Talvez a maneira mais tradicional seja pela
tentativa e erro. Os recursos da tecnologia da informação estimulam em muito o
uso deste método. Mas ele pode sofrer de um grande problema, a validação de sua
eficácia, caso o aprendizado não seja validado e fique restrito a uma mera
experiência individual, sem possibilidade de generalização.
Apesar dos princípios da Heutatogia afirmarem a não necessidade
de um professor ou facilitador do processo, fica evidente a necessidade de um
facilitador que de certa forma desperta, orienta e questiona as escolhas do
aprendiz.
A grande disseminação dos Processos de Coaching como uma das formas mais procuradas para o desenvolvimento
dos profissionais nos ambientes empresariais é a confirmação desta necessidade.
Há pouco tempo li um breve artigo, de um velho companheiro
de consultoria, José Galvão Ramos intitulado A difícil arte de ensinar adultos onde ele apresenta de forma bem
resumida as características dos três métodos, que reproduzo abaixo.
A diversidade das situações e as condicionantes do ambiente
impõem para aqueles que se veem lidando com a aprendizagem, uma postura muito
flexível na escolha do método ou métodos mais apropriados para alcançar o
resultado desejado.
No próximo post vamos abordar as definições das estratégias
de aprendizagem.
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