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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vida e Mudanças

A vida, no que tem de melhor, é um processo que flui em direção a um novo estado. A cada dia uma nova etapa do processo se apresenta e se realiza. A idéia de fluxo, que se desenvolve no tempo, através das situações e acontecimentos que experimentamos, está intimamente ligada a concepção da vida. Se aceitarmos que viver é estar em fluxo, então, devemos também aceitar que a vida é mudança.

 

Mudanças – nossos maiores medos! 

“O medo é nossa herança humana” (Stewart Emery).

“O medo e a criança nascem juntos, é nosso fiel companheiro, nossa sombra” (Frederick Leboyer).

Temos medo ser incapazes, infelizes, não reconhecidos, etc. Enfim, de não realizar o potencial de que somos portadores e viver aos pedaços, não tendo o domínio do próprio destino, não se valorizando e tendo inveja das pessoas felizes.
Um dos efeitos mais evidentes do medo é o de causar paralisia no fluxo de desenvolvimento da vida. 

 

Mudanças – nossas melhores esperanças!

Esperança é nossa herança divina.
Crer, acreditar, achar que é possível, mesmo frente aos maiores obstáculos, inclusive o próprio medo.
Temos esperanças de tornar-nos capazes, felizes, reconhecidos, etc. Enfim, de realizarmos o nosso destino de maneira íntegra, reconhecendo e aceitando quem somos e aceitando e reconhecendo os nossos semelhantes.


Mudanças – estado permanente, processo contínuo!

Se temos certeza de alguma coisa, esta coisa se chama mudança. Ela é permanente acontece em grande parte, independentemente de nossa vontade.
Em nossos dias, somos levados por um conjunto de circunstâncias a realizar mudanças de forma inesperada, reagindo aos acontecimentos, sem ter parado para pensar e, o pior de tudo, praticando ações que nos cobram um preço muito alto no futuro.
Mas há também um conjunto destas mudanças que podem e devem ser comandadas por nós mesmos. São posições esclarecidas que tomamos baseadas em interesses conscientes e genuínos, que assumimos e que queremos ver acontecer. Assumir o comando de sua vida significa envolver-se com as mudanças que você deseja fazer conscientemente e, a sua maior mudança, é aquela que propicia o desenvolvimento de suas potencialidades – em outras palavras é aquela que faz você ir ao encontro da realização e felicidade. 

Ao iniciar este blog proponho a todos àqueles que estão me lendo que pare por um momento e reflita sobre sua vida e as grandes mudanças pelas quais já passou.

Algumas questões são apresentadas a seguir, com intuito de provocar suas reflexões.
  • Questões sobre a percepção das mudanças:
  • Você tem percebido e sentido as alterações que estão ocorrendo em sua volta?
  • Como se sente em relação a estas mudanças?
  • Têm a percepção clara de suas intensidades e direção?
  • Busca entender os impactos que elas têm ocasionado em sua vida pessoal e profissional?
Questões sobre a reação as mudanças:
Como tem reagido em relação a estas mudanças?
Positivamente, adaptando-se e buscando aprimorar suas competências para lidar com as novas necessidades?
Ou
Negativamente, assustando-se em relação ao novo e buscando respostas no seu passado?
Ou ainda,
Deixando as coisas como estão, pois se sente impotente para fazer algo que modifique este estado de coisas?
Está contente e feliz com suas reações?
Ou se sente infeliz?

Obs: Querendo compartilhar mande suas observações, comentários ou perguntas.

Um comentário:

  1. A sabedoria de aceitar a vida como mudança. Apenas lembrei meu caro Zuvela, que dentro da caixa de Pandora, aquela que recebeu do divino e onde estavam todos os males, se encontrava a esperança. Podendo ser assim um mal também. Lembrei também, que apenas os loucos, orates não têm medo. O difícil é como realizar a arte para forjar essas duas ligas, medo e esperança,em uma aliança, um instrumento que facilite a passagem. Afinal com já dizia o velho Heráclito: Τα πάντα ρέει σαν ποτάμι(tudo flui como um rio). Ou como diria Fernando Pessoa:
    Tirem-me daqui a metafísica!
    Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
    Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
    Das ciências, das artes, da civilização moderna!

    Que mal fiz eu aos deuses todos?

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