Há um grande apelo por mudanças na literatura voltada ao desenvolvimento gerencial e de liderança. Em praticamente todos os livros publicados nos últimos 20 anos encontramos, no mínimo, um capítulo dedicado à necessidade de mudar. Mais recentemente, vemos livros inteiros tratando do tema.
Tenho encontrado pessoas que tem questionado esta necessidade, fazendo duas perguntas básicas: para que e por que mudar?
Comecei a refletir sobre as perguntas e verifiquei que elas nos levam a caminhar nas duas direções da linha do tempo – uma para o passado e outra para o futuro, a partir de um momento qualquer que caracterizamos como presente.
A questão "por que" sempre vai em direção ao passado, na busca dos motivos, dos sentimentos básicos, da razão. Enfim, da disposição original que moldou a intenção, que a transformou num propósito, posteriormente num objetivo e finalmente numa ação. Adicionalmente, ela busca explicar racional e logicamente a ação praticada. É o caminho analítico.
A questão "para que" sempre vai em direção ao futuro, na busca de um objetivo, de um propósito, de um estado desejado diferente daquele em que se encontra o comportamento atual. Ao percorrê-lo com disposição criativa pode-se adquirir um sentimento muito envolvente que mobiliza as energias psíquicas em torno de um motivo que direciona o comportamento para um objetivo diferente daquele que atualmente se acha em vigor. Adicionalmente, ela o remete ao mundo dos sonhos, onde tudo parece ser possível. É o caminho da intuição.
Futuro e passado se reúnem no presente, momento único e fugidio que é caracterizado pelo que se realiza (ação). É o que fazemos, ou não, que tem o poder de mudar o mundo. Toda mudança é constatada a posteriori, tenha ela sido sonhada, pensada e/ou falada preliminarmente.
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