Como foi
resgatar a sua história de líder? O aprendizado foi pelo caminho difícil ou
teve ajuda importante de outros líderes que, de certa forma, atuaram com
‘mentores’ ou ‘coach’ no seu processo?
Mas vamos
discorrer de forma mais detalhada sobre o que é uma trilha de aprendizagem. A
trilha é um caminho vislumbrado para se chegar a um determinado destino. Na
imagem que temos de uma ‘trilha’, em geral, é representado por um caminho
relativamente aberto, com muitas possibilidades de variações, onde o próprio
caminhante, ao percorrer o caminho, decide por qual delas quer fazer a sua
jornada.
Quando
utilizamos esta imagem como uma metáfora para a jornada de aprendizagem e
desenvolvimento pessoal, estamos enfatizando que a decisão sobre ‘o que’ e ‘o
como’ aprender está em grande parte na mão do próprio caminhante ou aprendiz.
Hoje, as trilhas
de aprendizagem se mostram como resposta muito mais flexível e atual para o
processo de desenvolvimento (ou autodesenvolvimento) do que as tradicionais
grades de treinamento obrigatórias que deveriam ser percorridas para a ocupação
de determinada posição de liderança ou mesmo técnica.
A
construção de uma trilha de aprendizagem deve necessariamente envolver os próprios
interessados no processo de desenvolvimento. A começar pela própria
identificação das suas necessidades. A competência a ser adquirida é o foco
central, as formas de adquiri-la podem ser diferentes para diferentes pessoas.
No limite ótimo, cada um constrói a sua trilha, a partir dos próprios
interesses pessoais e de necessidades organizacionais de desenvolvimento
profissional.
A
aprendizagem normalmente ocorre por variados caminhos, e não somente naqueles
concebidos para serem trabalhados de forma presencial nas tradicionais ‘salas
de aula’. Aprendemos muito trabalhando com pessoas mais experientes, ouvindo
suas recomendações e dicas muito precisas no momento exato em que estamos
realizando as tarefas.
Aprendemos
também por nossa própria conta, ao refletirmos sobre nossos acertos e erros.
Por vezes, isto pode ser muito doloroso. Aprendemos ainda com os feedbacks de nossos ‘chefes’, pares e
subordinados que nos informam do impacto que ocasionamos nas demais pessoas.
Enfim, o
ato de viver é um ato de aprendizado. Mas, é preciso estar desperto no mundo.
No sentido
mais amplo, a ideia de trilha liberta, enquanto que a ideia de trilhos e grades
engessa.
No sentido
que estamos usando nesta série de artigos, a trilha de aprendizagem procura
conciliar necessidade de aquisição de competências requeridas pela organização
e os anseios pessoais por desenvolvimento do próprio aprendiz.
O
território de desenvolvimento é amplo e dentro dele muitas alternativas se
apresentam. A lógica que fundamenta a definição da trilha a ser percorrida pelo
interessado deve conciliar as necessidades organizacionais com as suas próprias.
Deve levar em conta os recursos disponíveis, o tempo para obtenção dos
resultados desejados, as metodologias de ensino e aprendizado e, muito possivelmente,
outros fatores que possam interferir positiva ou negativamente na realização do
processo de desenvolvimento, como por exemplo, acontecimentos familiares,
mudanças no contexto social, etc.
A trilha
que vamos descrever a partir do próximo post partiu de uma visão sintetizada
das necessidades do aprendizado para o exercício do Papel de Liderança em
organizações empresariais. Ela dará ênfase aos aspectos básicos do Comportamento
Humano, deixando para um segundo
plano o aprendizado técnico, pois, de certa forma, este aprendizado normalmente
é adquirido nos cursos regulares de formação e são pré-requisitos para a
entrada no ambiente profissional.
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