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quinta-feira, 6 de março de 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE ELABORAÇÃO DE TRILHA DE APRENDIZADO EM LIDERANÇA E GESTÃO - Parte 8 – As trilhas de aprendizagem


Como foi resgatar a sua história de líder? O aprendizado foi pelo caminho difícil ou teve ajuda importante de outros líderes que, de certa forma, atuaram com ‘mentores’ ou ‘coach’ no seu processo?
Mas vamos discorrer de forma mais detalhada sobre o que é uma trilha de aprendizagem. A trilha é um caminho vislumbrado para se chegar a um determinado destino. Na imagem que temos de uma ‘trilha’, em geral, é representado por um caminho relativamente aberto, com muitas possibilidades de variações, onde o próprio caminhante, ao percorrer o caminho, decide por qual delas quer fazer a sua jornada.
Quando utilizamos esta imagem como uma metáfora para a jornada de aprendizagem e desenvolvimento pessoal, estamos enfatizando que a decisão sobre ‘o que’ e ‘o como’ aprender está em grande parte na mão do próprio caminhante ou aprendiz.
Hoje, as trilhas de aprendizagem se mostram como resposta muito mais flexível e atual para o processo de desenvolvimento (ou autodesenvolvimento) do que as tradicionais grades de treinamento obrigatórias que deveriam ser percorridas para a ocupação de determinada posição de liderança ou mesmo técnica.
A construção de uma trilha de aprendizagem deve necessariamente envolver os próprios interessados no processo de desenvolvimento. A começar pela própria identificação das suas necessidades. A competência a ser adquirida é o foco central, as formas de adquiri-la podem ser diferentes para diferentes pessoas. No limite ótimo, cada um constrói a sua trilha, a partir dos próprios interesses pessoais e de necessidades organizacionais de desenvolvimento profissional.
A aprendizagem normalmente ocorre por variados caminhos, e não somente naqueles concebidos para serem trabalhados de forma presencial nas tradicionais ‘salas de aula’. Aprendemos muito trabalhando com pessoas mais experientes, ouvindo suas recomendações e dicas muito precisas no momento exato em que estamos realizando as tarefas.
Aprendemos também por nossa própria conta, ao refletirmos sobre nossos acertos e erros. Por vezes, isto pode ser muito doloroso. Aprendemos ainda com os feedbacks de nossos ‘chefes’, pares e subordinados que nos informam do impacto que ocasionamos nas demais pessoas. 
Enfim, o ato de viver é um ato de aprendizado. Mas, é preciso estar desperto no mundo.
No sentido mais amplo, a ideia de trilha liberta, enquanto que a ideia de trilhos e grades engessa.
No sentido que estamos usando nesta série de artigos, a trilha de aprendizagem procura conciliar necessidade de aquisição de competências requeridas pela organização e os anseios pessoais por desenvolvimento do próprio aprendiz. 



 
O território de desenvolvimento é amplo e dentro dele muitas alternativas se apresentam. A lógica que fundamenta a definição da trilha a ser percorrida pelo interessado deve conciliar as necessidades organizacionais com as suas próprias. Deve levar em conta os recursos disponíveis, o tempo para obtenção dos resultados desejados, as metodologias de ensino e aprendizado e, muito possivelmente, outros fatores que possam interferir positiva ou negativamente na realização do processo de desenvolvimento, como por exemplo, acontecimentos familiares, mudanças no contexto social, etc.
A trilha que vamos descrever a partir do próximo post partiu de uma visão sintetizada das necessidades do aprendizado para o exercício do Papel de Liderança em organizações empresariais. Ela dará ênfase aos aspectos básicos do Comportamento Humano, deixando para um segundo plano o aprendizado técnico, pois, de certa forma, este aprendizado normalmente é adquirido nos cursos regulares de formação e são pré-requisitos para a entrada no ambiente profissional.

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