Como já falamos anteriormente a Percepção Humana é a porta
para o Processo de Comunicação. Vamos tratar aqui da comunicação interpessoal,
que evidencia as habilidades de relacionamento com as demais pessoas e que são,
em boa parte, formadas pelas suas preferências de conduta. A comunicação que
todas as pessoas exercem, não somente em termos de conteúdo, mas, principalmente
da forma, sua particular maneira de falar e escutar as outras pessoas, em
especial no ambiente de trabalho, são, em grande parte, decorrentes destas suas
preferências. Tomar consciência deste jeito individual de se comunicar é de
fundamental interesse para o desenvolvimento de sua habilidade de liderança.
Nossa trilha incorpora mais um tema obrigatório, a
Comunicação Interpessoal.
Afinal como podemos definir Comunicação? De muitas
definições e conceitos que encontrei, o mais simples, direto e objetivo é o que
diz:
Comunicar: é tornar comum
O aprendizado da comunicação interpessoal envolve aspectos
comportamentais, instrumentais e ambientais. Os comportamentais estão
diretamente ligados às diferenças existentes entre as pessoas. Os instrumentais
estão ligados aos meios e ferramentas que são utilizados para enviar a
mensagem. E os ambientais são aqueles elementos ou condições que estão
presentes no ambiente, que formam um contexto muito específico e quase sempre
único, que influenciam positiva ou negativamente o processo de comunicação.
Vale a pena relembrar o esquema geral do sistema de comunicação.
Há uma grande verdade na afirmação: sempre vamos nos deparar
com problemas de comunicação! E vamos mesmo, mais ainda em ambientes
organizacionais, onde as pessoas necessitam obter um entendimento ótimo dos
assuntos que estão tratando diariamente, por conta da obtenção de um resultado
que é fruto de um processo de trabalho, onde muitas pessoas estão envolvidas.
Muito dinheiro é perdido ou desperdiçado anualmente pelas
organizações (públicas e privadas) em decorrência das maneiras restritas e
ineficazes das comunicações entre pessoas, no contexto profissional. Podemos
estimar ainda um custo adicional, não mensurável monetariamente, com
consequências tão ou mais danosas para as organizações e, consequentemente,
para os próprios protagonistas das situações, dado o desgaste emocional que
sempre ocorre nos relacionamentos mal sucedidos ou até mesmo rompidos.
Como diz Linda Ellinor e Glenna Gerard em seu livro “Diálogo
– Redescobrindo o poder transformador da conversa”:
“Atualmente, falamos muito sobre a importância do
desenvolvimento da colaboração e da parceria em organizações. Sentimos que um
movimento em direção a estas qualidades fará diferença em nossa capacidade de
atingir uma produtividade mais elevada e uma melhor qualidade de vida
profissional. A pressão por obter resultados cria ambivalência e confusão em
torno de qualquer movimento na direção da colaboração
e da parceria. Considere como a comunicação em si é fundamental no movimento em
direção a uma cultura de colaboração e parceria. Afinal é na maneira como
falamos uns com os outros que experimentamos o respeito dos outros e percebemos
se estamos ou não sendo ouvidos.”
“Mas somente podemos falar dessa forma se possuirmos as
atitudes e os valores correspondentes sobre outras pessoas, que sustentam este
tipo de respeito e integridade. São nossos valores e atitudes que impulsionam
nossas formas de falar e escutar. Impulsionam a cultura geral que criamos em conjunto,
através das maneiras pelas quais conversamos. Se formos mudar as formas pelas
quais nos comunicamos uns com os outros, temos que encontrar um meio de trazer
à tona os valores e modelos mentais subjacentes que nos mantém presos aos meios
limitados de falar e ouvir”.
O tema comunicação estará sempre presente em qualquer
programa de desenvolvimento de liderança. E dentro dele um destaque especial
para o assunto ‘feedback’, pois ele é, sem sombra de dúvidas, o instrumento
mais importante do Líder para a gestão da equipe e das pessoas.
No próximo post, vamos falar de mais um tema da trilha
básica, a Motivação.
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