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terça-feira, 20 de maio de 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE ELABORAÇÃO DE TRILHA DE APRENDIZADO EM LIDERANÇA E GESTÃO - Post 14 - As trilhas de aprendizagem - Tema Motivação

Outro tema que não pode deixar de ser tratado na trilha de aprendizado de liderança é a motivação humana. Como todos os demais temas que envolvem o comportamento das pessoas, a motivação também é um tema complexo que requer uma abordagem cuidadosa por parte daqueles que vão facilitar o aprendizado.

Há uma crença bastante comum e generalizada de que podemos e devemos ‘motivar’ as pessoas e que elas são muito sensíveis às recompensas monetárias e materiais. Nesta linha, afirma-se de forma metafórica que se o líder for capaz de atingir o órgão mais sensível do corpo humano – o bolso – ele estará motivando os seus funcionários de forma eficaz.

É preciso deixar muito claro que a motivação é um processo complexo e pessoal. A rigor, os estudiosos da motivação partem da premissa de que “ninguém motiva ninguém, as pessoas se motivam”.

Neste sentido, o papel do líder está muito mais em propiciar condições e estímulos para que as pessoas da equipe despertem em si os motivos que as levam a realizar alguma coisa – o trabalho. Não há dúvida sobre a força dos motivos como elemento central da ação humana, como também não há dúvidas de que os estímulos provenientes de fora, em grande parte, despertam os motivos interiores em cada um.

Como base do aprendizado sobre a motivação humana deve-se tratar das duas teorias básicas que trouxeram as primeiras explicações sobre o complexo sistema motivacional. A primeira delas, desenvolvida por Abraham Maslow, que ficou conhecida como a “Hierarquia das Necessidades”, e a segunda, desenvolvida por Frederick Herzberg, que se propagou como a Teoria dos Fatores de Higiene e Motivação.

Maslow, afirmava que os motivos determinam a ação humana e estes dependem da força ou intensidade das necessidades insatisfeitas. Esta insatisfação gera um estado de tensão que mobiliza as energias da pessoa em busca de atender suas necessidades. Assim que ela toma consciência deste estado, caracteriza-se o ‘motivo’ e este possibilita ter clareza do objetivo a ser alcançado que, por sua vez, orienta e guia as ações necessárias ao seu alcance. Afirmava, ainda, que estas necessidades seguem uma determinada hierarquia, começando com aquelas que são básicas à sobrevivência (necessidades fisiológicas) e, sendo estas relativamente atendidas, permitem o surgimento das outras necessidades de caráter mais sutil e psicológico.

A imagem que caracteriza esta hierarquia e que ficou muito conhecida é a chamada Pirâmide das Necessidades de Maslow, que pode ser visualizada a seguir.













Os estudos demonstraram que o ser humano sempre está em busca de algo e quando alcança um objetivo (satisfação), sempre se propõe a novas buscas e metas. Esta dinâmica entre satisfação e insatisfação é que caracteriza o esforço e o sentido do comportamento humano. Para tudo nesta vida existe um motivo, mas nem sempre se tem a clara consciência de sua existência.


No próximo post, continuaremos a falar de motivação, comentando a abordagem de Herzberg sobre o assunto.

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