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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE ELABORAÇÃO DE TRILHA DE APRENDIZADO EM LIDERANÇA E GESTÃO - Post 30 - Trilha de Aprendizagem em Liderança - Competências Complementares Adicionais: Políticas 2

Retomando e dando continuidade. A dificuldade das definições das políticas ou diretrizes nas organizações está quase sempre correlacionada com o nível de suas complexidades. Quanto mais abrangente e diversificada for a instituição, mais complexa será a formulação de diretrizes ou políticas institucionais e seu consequente desdobramento e hierarquização. Nestes casos, é recomendável um segundo nível de diretrizes ou políticas, intimamente ligadas às funções organizacionais, originando as chamadas diretrizes ou políticas funcionais.





Podemos avançar nos níveis de desdobramentos e alertar para a necessária coerência que deve ser guardada entre os vários níveis de formulação e aplicação. Assim temos o primeiro nível de regulação expresso pela declaração dos Valores Organizacionais, em seguida temos as Políticas Institucionais e na sequência as Políticas Funcionais. Estas podem ainda se desdobrar em Normas, que por sua vez se operacionalizam em procedimentos, que finalmente podem ser expressos em rotinas específicas de realização ou conduta. O quadro a seguir mostra este desdobramento dentro de uma estrutura. 

Ressaltamos um aspecto muito importante da natureza das Políticas ou Diretrizes Organizacionais: quando conceituamos como "regras de caráter geral" queremos dar o significado de norma "heurística", isto é, conjunto de mandamentos que conduzem à origem, à invenção, à hipótese de base e/ou à fonte do tema. Assim, as Diretrizes ou Políticas não apresentam um proceder específico para se enfrentar uma situação particular, mas sim um rumo amplo, limites gerais e abrangentes de conduta ou comportamentos para se chegar a uma finalidade desejada.  Ela diz "o que" fazer, não "como" fazer.

Deve-se ainda considerar a questão da atualização das Políticas tendo em vista a velocidade com que as mudanças estão ocorrendo no contexto de suas aplicações. A dinâmica da vida organizacional é fato inquestionável: tudo está mudando muito rapidamente e aquilo que foi anteriormente pensado para regular determinado acontecimento já não mais faz sentido. Assim, as Políticas devem necessariamente ser revistas de tempos em tempos, talvez a cada ano, buscando incorporar tanto as modificações que podem tem ocorrido nos componentes do marco de referência estratégico (valores), como aquelas provenientes do ambiente de operações, a realidade do trabalho (instrumentos e tecnologia), a realidade do ambiente e a dinâmica dos relacionamentos entre as pessoas. O processo de retorno (feedback) deve ser permanente.

Finalizando este tema reforçamos a importância do papel do Líder, no contexto real do seu dia a dia. As situações que fogem da normalidade (das rotinas conhecidas) invariavelmente chegam a seu conhecimento com expectativa de solução. A sua referência para decidir e dar encaminhamento às situações estão nas Políticas, Normas ou Procedimentos definidos e vigentes na Organização. Mas nem sempre elas cobrem o assunto determinado e, mesmo assim, é preciso tomar uma decisão e dar andamento. O conhecimento das Políticas existentes e sua experiência na aplicação permitem julgar e orientar a necessária atualização. 

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