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terça-feira, 11 de junho de 2013

Desempenho Humano (parte 1) - Contextualização

O ambiente empresarial tem, cada vez mais, orientado grande parte de seus esforços para a conquista de resultados. Não que isto seja uma novidade, na realidade, desde suas mais remotas origens, as organizações, como criação e empreendimento humano, sempre tiveram esta preocupação. Talvez o que tenha sofrido mudanças seja o crescimento da importância relativa que se tem dado para os resultados de curto prazo e, principalmente, aqueles de natureza econômico-financeira. Podemos, metaforicamente, dizer que o resultado é o combustível que realimenta o motor que movimenta a organização. 

Em nossos dias, fala-se tanto em resultados e é tão forte o apelo para sua conquista que, não raro, encontramos distorções na maneira de entender e gerenciar sua obtenção. Uma possível causa pode ser a falta de um significado comum entre os envolvidos no ambiente organizacional. Cada qual atribui um significado, baseado em seus interesses. O que, de certa forma, dificulta a compreensão compartilhada, abrangente e facilitadora, necessária às intervenções que deverão ser empreendidas à sua obtenção.

Neste enfoque encontramos nos dicionários o seguinte significado: o que é consequência: efeito de uma ação, de um princípio; algo produzido por uma causa, momento ou ponto que se interrompe uma ação; termo, fim; saída de um processo; produto final de ações precedentes etc.

Assumindo que as organizações produzem resultados e que estes se transformam no combustível que as realimentam, parece ser oportuno analisar os componentes ou forças que permitem a geração destes resultados. Não resta dúvida de que o principal componente é a pessoa. Ainda que possamos considerar que as máquinas, os equipamentos e os instrumentos, de forma geral no processo produtivo, sejam fundamentais para a obtenção dos resultados, é bom termos em conta quem é que aciona todos estes meios – as pessoas.

Um princípio geral decorrente dos significados acima apresentados pode ser descrito como: quando se pretende alterar resultados devemos atuar nas ações que os geraram.

Em outras palavras, não é possível atuar diretamente no resultado. Só podemos mudar as ações que levam a ele. Toda ação leva a resultados. Resultados estão intrinsecamente relacionados às ações. Numa perspectiva temporal, podemos dizer que: o tempo presente é o mundo das ações, o tempo passado é o mundo dos resultados obtidos e o tempo futuro é o mundo dos resultados pretendidos.

Os resultados obtidos (tempo passado) funcionam como referência avaliativa de nossas capacidades e competências; já os resultados pretendidos (tempo futuro), funcionam como guias e estímulos à mobilização de nossas energias, na constante busca de novas conquistas e realizações.

A ação pela sua natureza dinâmica e constitucional envolve energia, que gera movimento, que leva a resultados – é uma lógica simples e direta. O caminhar é energia em movimento, o resultado é chegada, destino, ponto que se interrompem as ações e realizam-se as medições.
 
As exigências atuais do mundo dos negócios – a obtenção de resultados -  pressupõem a adoção de novos comportamentos: mais ativos, conectados, responsáveis, etc. Enfim, diferenciados do velho padrão apreendido. Esses novos comportamentos, por sua vez, pressupõem também a necessidade de se desenvolver um novo modelo mental, por extensão, um novo conjunto de competências e, muito provavelmente, um novo conjunto de ferramentas.

Como premissa, assumimos que a competência da organização é resultante da competência das equipes e indivíduos que dela fazem parte. Neste sentido, a competência individual e das equipes de trabalho são formadoras da competência organizacional e devem evidenciar padrões elevados de desempenho, “vis à vis”, elevados resultados.

Organizações que buscam a excelência, como padrão referencial de sua atuação no ambiente de negócio, sabem que a chave que abre a porta para este resultado é o desempenho, mas, muito especialmente, o desempenho humano.

Desempenho tem dois aspectos importantes: o primeiro diz respeito ao desempenho atual, àquele que é demonstrado pelas pessoas e evidencia a posse e/ou a ausência de determinadas competências; e o segundo, refere-se ao desempenho que poderá ser evidenciado num futuro próximo, a que denominamos desempenho futuro.

Desenvolver a competência da organização significa desenvolver as competências das pessoas que lá trabalham, e de forma direta e específica significa o gerenciamento integrado dos dois aspectos acima apontados – o desempenho atual e as possibilidades de um desempenho futuro das pessoas no ambiente profissional. 

Neste e nos textos que se seguirão sobre o tema desempenho, vou abordar especificamente o desempenho atual. Vamos percorrer inicialmente os fundamentos e significado da palavra desempenho

 

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