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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Desempenho (parte 9)

A concepção da estrutura organizacional, que contém todos os papéis (cargos) da organização, é pensada e, por isso mesmo, racional e lógica. Busca otimizar o trabalho, obtendo a melhor produtividade no uso dos recursos para gerar produtos e serviços de qualidade. A interdependência funcional é uma regra constante nos processos de trabalho.

Portanto, o seu desempenho depende do conjunto de informações e recursos de várias naturezas que lhe é fornecido por outras pessoas que estão desempenhando papéis que precedem o seu na lógica do processo de trabalho. Da mesma forma, outras pessoas dependem do seu trabalho para darem continuidade ao processo, até chegar ao cliente final.

As equipes são constituídas por grupos de pessoas reunidas em unidades organizacionais concebidas pela lógica do processo de trabalho. A designação dos papéis de gestão está atrelada a esta concepção, para exercer direção e controle na execução da estratégia definida, que visa alcançar os resultados esperados.


Um grupo de pessoas trabalhando juntas não constitui uma equipe de trabalho. Não é por outra razão que tanto se investe no desenvolvimento de trabalho em equipe. Ele não é fenômeno natural, é preciso ser criado e mantido. 


O que faz uma equipe eficaz? Qual é o principal indicador de sua eficácia?


Respondendo a partir da segunda questão, podemos dizer que o principal indicador de eficácia de uma equipe é o cumprimento do processo de trabalho, que gera desempenho coletivo notável, evidenciado pelos resultados alcançados, que geralmente superam as metas ou objetivos que foram contratados.


Ao analisar detalhadamente o processo de trabalho e como a interdependência funcional entre os seus integrantes acontece, nos permite identificar os fatores que explicam sua eficácia. Assim, podemos comentar e responder a primeira questão. As principais características de uma equipe eficaz são:

  • Os participantes da equipe têm consciência de seus próprios objetivos, bem como da importância que eles possuem para os objetivos dos demais participantes. Neste sentido, a comunicação entre os integrantes da equipe é fluída e efetiva.
  • Todos estão engajados no processo, sabem e trabalham no sentido da contribuição coletiva de sua área. Compartilham conhecimentos, experiências e até mesmo habilidades na busca de superação dos desafios que sejam comuns a todos.
  • Existe confiança mútua e consciência de pertencimento e os riscos são assumidos como um desafio comum, que mobiliza as contribuições diferenciadas de cada um dos integrantes. As opiniões divergentes são até mesmo estimuladas, pois delas dependem a geração de ideias diferentes capazes de encontrar saídas inovadoras para os problemas comuns.
  • Existe autocontrole na forma de atuação. Padrões elevados de desempenho são referenciais sempre presentes para medir o que e como está sendo feito o trabalho.
  • Há constante ocupação com o aprendizado e o investimento no autodesenvolvimento e no desenvolvimento da equipe. O feedback é o instrumento mais frequente de comunicação entre os participantes e entre eles e a liderança.
  • Há um forte compromisso entre os participantes que gera processos espontâneos de ajuda na superação das dificuldades individuais.
  • A liderança se posiciona de forma aberta, estimulando constantemente todos a darem o melhor de si e sendo justa na retribuição e recompensa pelos desempenhos alcançados.

Podemos afirmar que a existência de uma equipe de trabalho competente é fator de diferenciação para os desempenhos individuais – funciona como medida e exemplo, sempre estimulando a superação.

No próximo post vamos comentar a terceira razão para a existência de um processo de avaliação de desempenho.



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