A
terceira razão para existência de processo de avaliação de desempenho tem a ver
com a possibilidade de medir, analisar, reconhecer e recompensar os
funcionários por suas contribuições às melhorias dos resultados empresariais, a
partir de critérios objetivos e justos, previamente estabelecidos e
isonomicamente aplicados.
Talvez
aqui resida uma das maiores dificuldades do processo, que é a questão da
medição, por ser fundamental para que você possa realizar retribuições ‘justas’
aos diferentes desempenhos obtidos e analisados, frente a padrões previamente
estabelecidos e conhecidos por todos.
A medição
tem a ver com o estabelecimento de indicadores adequados para a verificação do
processo e resultados esperados.
Ao
tratarmos com resultados, os indicadores são mais fáceis de serem estabelecidos.
Quanto mais lidarmos com processos operacionais e finalistas (vendas, produção,
finanças, etc.) eles praticamente se evidenciam pela própria natureza da
atividade. Mas, quando tratarmos os das áreas de apoio e suporte (marketing,
suprimentos, recursos humanos, sistemas, etc.) já não serão estabelecidos com
facilidade. As coisas
se complicam mais ainda quando precisamos ter indicadores do próprio processo
em si, que permitem realizar análises específicas de ‘como’ o trabalho foi de
fato realizado e não do resultado que ele gerou. Isto nós vamos comentar com
maiores detalhes num próximo post,
quando estivermos falando sobre lidar com as necessidades de treinamento e
desenvolvimento dos funcionários.
Mas
voltemos à questão muito importante do estabelecimento de padrões ou critérios
de medição, mediante a utilização de indicadores confiáveis e adequados ao
objeto de medição. Se você não tem indicadores, você não realiza a gestão! Esta
é uma afirmativa contundente, principalmente quando estamos lidando com
elementos objetivos e concretos da organização. A gestão do negócio se realiza
pelo acompanhamento dos acontecimentos da vida organizacional, utilizando-se os
indicadores que revelam o estado das atividades. Portanto, estabelecer
indicadores no mesmo momento em que se está contratando os objetivos tem o
mesmo grau de importância.
É bom ter
em conta que nem tudo o que possa ser quantificado tem a possibilidade de ser
mensurado. Esta é outra afirmativa provocante. Não é incomum verificarmos o
estabelecimento de objetivos com quantificação de indicadores que praticamente
são impossíveis de serem medidos diretamente. É o caso de motivação das
pessoas, comunicação, atenção, saúde e outros mais. Quase sempre os aspectos
comportamentais são de difícil medição direta, necessitando de indicadores
indiretos ou um conjunto deles para ter uma medição, não matematicamente precisa,
mas confiável na sua perspectiva de retratar os desempenhos.
Reforçamos
a importância de também contratar com os subordinados os indicadores que serão
utilizados para realizar as medições tanto dos resultados como do processo de
realização do trabalho.
A
experiência mostra que este é um fato quase sempre esquecido, contrata-se o
objetivo, mas não se fala do indicador. Por ocasião da etapa de avaliação,
grandes discussões e até mesmo discordâncias ocorrem por que gerente e
subordinados estão utilizando indicadores diferentes e, neste momento, chegar a
um consenso é muito difícil.
O senso
de justiça ocorre quando as equipes e gerentes negociaram e estabeleceram os
indicadores que serão utilizados nos processos de avaliação. E são eles que vão
possibilitar estabelecer as diferenças entre os desempenhos e que, finalmente,
se mostrarão nos sistemas de reconhecimento e recompensa, que tangibilizará aos
funcionários a retribuição por sua contribuição ao resultado da organização.
No
próximo post, falarei sobre a quarta
razão que traz para nossa análise o processo de ‘feedback’.
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