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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE ELABORAÇÃO DE TRILHA DE APRENDIZADO EM LIDERANÇA E GESTÃO - Post 26 - Trilha de Aprendizagem em Liderança - Competências Complementares Adicionais: Clientes 2

A cultura de uma organização é a expressão direta de todas as suas práticas e são estas que a caracterizam e a diferenciam de outras organizações, por possuir atributos singulares, específicos e determinantes de sua natureza única, sua identidade. Assim, a cultura reflete as crenças, os valores e as atitudes predominantes naquele ambiente.

Uma organização que quer ter o Foco do Cliente como um valor, uma atitude e um comportamento presente em todas as suas relações com os clientes, necessita que estes atributos estejam presentes em sua cultura, isto é, nas suas práticas.

Talvez aqui resida a grande dificuldade. Encontramos muito frequentemente discursos e propósitos declarados sobre a importância do cliente, mas poucos comportamentos efetivos que demonstrem esta intenção.

Para que isto seja uma prática, é preciso a realização de um processo de mudança cultural, o que significa ter presente a necessidade de trabalhar todos os níveis organizacionais, o estratégico, o tático e o operacional. Implica também num processo educacional continuado para todos os seus colaboradores, em especial para suas lideranças, como meio de realizar e perenizar a competência que traduz o atributo.


Vale a pena esclarecer a sutil diferença entre foco no cliente e foco do cliente.

É importante deixar muito claras as diferenças que existem entre estes dois aspectos, pois podem ser determinantes para uma estratégia moderna e atual de relacionamento com clientes.  O Consultor José Carlos Teixeira Moreira, um especialista no assunto, diz:
“Mais do que uma questão semântica, focar no cliente significa olhar para o cliente, perguntar o que ele quer. Ele, provavelmente, vai se referir às contrariedades (não quero atrasos, não quero burocracia, etc.). Atuar sobre essas contrariedades é importante, porém é o mínimo que qualquer empresa deve fazer, sendo muito pouco para diferenciar-se num cenário competitivo e globalizado.

Por outro lado, ao atuar com foco no cliente, a empresa pode cair na tentação de procurar fazer tudo o que o cliente quer, abrindo mão da sua especialização e, com isso, empobrecendo a relação. No foco do cliente que é nossa filosofia, as relações são feitas com base na cooperação, sob a ótica do cliente. Em vez de ficarmos olhando para o cliente e tentando captar dele o que ele quer, nós damos um giro de 180 graus e ficamos olhando para onde ele está olhando.

Dessa forma, temos a chance de ver um panorama rico de sugestões que ele não consegue necessariamente decodificar, porque não é especialista, mas nós poderemos a partir daí extrair novas possibilidades de produtos e serviços. Trabalhar efetivamente no foco do cliente exige uma genuína empatia com os clientes.”

Então, com que foco pretende atuar?


No próximo post tratarei das diferenças entre Cliente Interno e Cliente Externo.

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