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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE ELABORAÇÃO DE TRILHA DE APRENDIZADO EM LIDERANÇA E GESTÃO - Parte 4: Os Novos Instrumentos



Respondendo a pergunta que fiz no último post, encontramos nas organizações onde as pessoas realmente são consideradas estratégicas:
  • Programas de Integração para aqueles que estão sendo admitidos, o que é obrigatório para os novos colaboradores e, onde são passadas todas as informações necessárias a sua atuação naquele ambiente;
  • Programas de Atualização para àqueles que já fazem parte de seus quadros, onde a atualização permanente dos propósitos, princípios, políticas e regras de conduta são transmitidas por variados veículos, inclusive nos próprios programas de treinamento e desenvolvimento. 
 
Falando um pouco mais dos programas de integração, geralmente eles apresentam os principais traços da ‘cultura organizacional’, isto é, da origem, do histórico e proposito do empreendimento, dos valores, políticas, normas e procedimentos vigentes que regulam as relações entre os colaboradores e destes com clientes, fornecedores, autoridades e público em geral. Os melhores programas ainda complementam esta integração com visitas as diversas áreas e apresentações aos principais gestores da organização e/ou de sua área de atuação.
Nestas organizações ainda, existem uma etapa subsequente, por vezes chamada de ‘ambientação’ que trata sobre a atuação específica do colaborador, isto é, o seu trabalho e as expectativas de resultados esperados de sua atuação. Aqui de fato, ele passa a conhecer e, com o passar do tempo, a entender o seu papel na organização
Normalmente, esta ambientação se dá na Área em que estará alocado e ela é conduzida ou por seu superior hierárquico (a quem ele responde) ou por um dos seus pares. O que é tratado neste encontro é o trabalho que deve ser realizado: os objetivos e metas que devem ser alcançadas, as complexidades envolvidas, a liberdade e/ou as restrições à tomada de decisão, o alcance dos planos e projetos no tempo, as perspectiva de evolução, os conhecimentos e as habilidades envolvidas e as necessidades de aprendizado ou adaptações requeridas, etc. 
Já os programas de atualização, voltados àqueles que já são funcionários, existem rituais que se repetem a cada ciclo de desempenho (normalmente anuais) onde metas e objetivos são contratados, acompanhados e avaliados.
Além disso, programas de treinamento e desenvolvimento, de natureza comportamental enfatizam o aprendizado atitudinal e comportamental, coerentes com os valores vigentes e com as práticas existentes na cultura organizacional.
Mas hoje, os meios de comunicação, contam com ferramentas incríveis que facilitam e aceleram o envio e retorno de mensagens de todos os tipos. Os velhos manuais de conduta, as políticas e as normas estão hoje em plataformas digitais. São portais corporativos, intranet, ‘totens’ eletrônicos, etc. que disponibilizam a grande maioria das informações necessárias, principalmente no que se refere aos aspectos gerais do comportamento no ambiente da organização.
Mas no que refere a conduta pessoal e ao trabalho que cada profissional realiza  nada substitui o diálogo direto e aberto entre as pessoas que estão desempenhando papeis na organização, em especial entre ‘superiores e subordinados’. A grande maioria destes contatos não é programada, ocorrem a qualquer momento, na realidade, são oportunidades que as próprias situações de trabalho criam e que podem e devem ser aproveitadas. Acredito que esta é uma responsabilidade primária dos gestores e líderes.
Costumo chamar esses diálogos de conversas transformadoras, que permitem ampliar a consciência das pessoas, sobre o trabalho, a organização e, por vezes, sobre a própria vida profissional.     
Para minha surpresa, ao trabalhar em programas de desenvolvimento, onde grande parte dos participantes pertencia à chamada ‘geração Y’ constatei que eles, apesar de estarem ligados profundamente nas novas tecnologias, valorizam e até mesmo buscam maiores contatos pessoais, em especial com seus líderes. Estamos vivendo uma nova realidade onde os meios digitais e os encontros pessoais estão na busca de uma nova dinâmica e o grande segredo não é a escolha de um ou outro, mas dinâmica interativa de um e outro.
Fechando estas breves considerações sobre o papel da liderança posso dizer que ele hoje se mostra mediante uma nova estrutura e dinâmica de realização, conforme o esquema abaixo:

Ampliando mais esta nova configuração das responsabilidades, o quadro a seguir busca retratar em maiores detalhes, contudo sem esgota-las



No próximo post, vamos falar do segundo elemento que deve ser considerado na construção das trilhas de aprendizado em liderança e gestão.

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